quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

POLÊMICO! Após evangélicos, entidade gay pede passaportes diplomáticos


Do lado esquerdo Toni Reis presidente da ABGLT - Do lado Direito
apóstoloValdomiro Santiago um dos beneficiados com passaporte diplomático.
Em meio à polêmica provocada pela concessão de passaportes diplomáticos para seis líderes de igrejas evangélicas, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) solicitou ao Itamaraty nesta quinta-feira que o benefício também seja concedido a representantes da entidade. Em ofício encaminhado ao ministro Antonio Patriota, o presidente da ABGLT, Toni Reis, alega que a associação "também atua internacionalmente, tendo status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU, além de atuar em parceria com diversos órgãos do governo federal".

Nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores concedeu passaportes diplomáticos a Valdemiro Santiago de Oliveira e Franciléia de Castro Gomes de Oliveira, da Igreja Mundial do Poder de Deus; R. R. Soares e Maria Magdalena Bezerra Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus; Samuel Cássio Ferreira e Keila Campos Costa, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. O argumento do Itamaraty é de que o documento foi concedido em "caráter de excepcionalidade".

Segundo o Itamaraty, a concessão está dentro da lei. Pelas regras, de acordo com a pasta, é possível autorizar até dois passaportes por ordem religiosa quando ela tem atividades no exterior. Os interessados na obtenção do passaporte diplomático devem encaminhar "solicitação formal e fundamentada". No caso dos líderes da Igreja Internacional da Graça de Deus e da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, eles alegaram "continuidade do trabalho no exterior".

No documento enviado nesta quinta-feira a Patriota, Toni Reis solicita que sejam concedidos da mesma forma passaportes diplomáticos para 14 integrantes da ABGLT, "para que possam realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos sete países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT".


Por Terra

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sem luz, prefeitura só tem energia por meio de gambiarra puxada do cabaré
Situação do prédio da Prefeitura de Coremas



Não seria exagero se disséssemos que a Prefeitura de Coremas foi encontrada pela atual gestão literalmente “na merda”. A afirmação foi do vice-prefeito empossado, Lucreanto Ramalho, que afirmou, em entrevista nesta quarta-feira (16), que encontrou no corredor do prédio doEexecutivo excrementos humanos, misturado a urina.

“Parecia um prédio abandonado há mais de 10 anos. Foram encontradas fezes humanas e urina no corredor da prefeitura”, disparou o gestor, imputando a responsabilidade do “desmantelo” ao ex-prefeito, Edilson Pereira.

Ainda segundo o vice-prefeito, por conta de uma dívida de mais de R$ 2,5 milhões junto à prefeitura, a luz não só da sede do Executivo, como todos os órgãos da administração da cidade, estão às escuras.

Contudo, explica Lucreanto, graças a uma “gambiarra” feita contando com a solidariedade do cabaré da cidade (que é vizinho), um computador da prefeitura ainda funcionava.

“Encontramos ainda um débito de quase R$ 16 milhões junto à Previdência e dois meses de salários dos funcionários atrasado”, denunciou Lucreanto.

Um dos pontos de lixo encontrado no interior do prédio



Por MaisPB

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Deputado quer aprovar até a Copa lei que regulariza a prostituição


Deputado quer aprovar até a Copa lei que regulariza a prostituição Em um prostíbulo, mulheres adultas são forçadas a prestar favores sexuais e a conviver com menores exploradas. O dinheiro fica para o cafetão e, se alguém denunciar, corre risco de morte. Embora criminosa, esta cena não é tão excepcional quanto parece --ela faz parte do cotidiano de muitas cidades brasileiras.


No Brasil, prostituição não é crime, é uma profissão legalizada. Ilegais são as casas de prostituição, o que dá margem aos mais diversos tipos de abusos e corrupção.


De olho no aumento da exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para regularizar a profissão das prostitutas. Ele quer que a proposta seja aprovada até 2014, para evitar a proliferação de casos como o divulgado no último dia 10, quando uma jovem conseguiu fugir de uma casa onde era explorada sexualmente e mantida em cativeiro, em São Paulo.


Não é a primeira vez que uma iniciativa como a de Wyllys é levada a cabo no Brasil. O ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) já havia protocolado um projeto semelhante durante seu mandato (1995-2011), mas o texto foi arquivado após ele deixar a Câmara. Agora, o diálogo com as prostitutas voltou a ganhar força, com a expectativa gerada por estes dois grandes eventos esportivos.


Em entrevista ao UOL, Jean Wyllys explicou a necessidade de um projeto como este, enfatizando sempre a urgência da regularização das casas onde são prestados serviços sexuais e a diferença entre prostituição e exploração sexual.

UOL - Por que um projeto de lei que regulamente o trabalho das prostitutas? Jean Wyllys - Há uma demanda pelo serviço sexual das prostitutas e dos prostitutos, pois a prostituição não é só feminina. Essas pessoas existem, elas são sujeitos de direitos. As prostitutas se organizaram em um movimento político nos anos 70 e início dos anos 80, um movimento que no Brasil foi encabeçado principalmente pela Gabriela Leite, fundadora da grife Daspu e presidente da ONG Da Vida. O projeto é um esforço de atender à reivindicação deste movimento. Tais reivindicações estão em absoluto acordo com a minha defesa pelas liberdades individuais, pela defesa dos direitos humanos de minorias, ou seja, não é uma pauta alienígena ao meu mandato, ao que eu defendo, como os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, a descriminalização das drogas e os direitos dos LGBTs. Já houve uma tentativa de atender à demanda deste movimento antes [com o ex-deputado Gabeira], e eu retomei. Então temos uma segunda tentativa agora, com um projeto mais bem-elaborado e construído em parceria com o movimento social. Antes de eu protocolar esse projeto, ele foi submetido a várias reuniões com lideranças do movimento das prostitutas e com feministas. Foi um projeto amplamente discutido.


UOL - Em que pé está a tramitação do projeto na Câmara? Wyllys - O projeto está agora na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, onde será relatado pela deputada Érika Kokay (PT-DF), que é favorável a ele. Em seguida, vai para a Comissão de Seguridade Social e Família e, depois, para plenário. Mas esse projeto tem um objetivo maior, que é garantir dignidade às profissionais do sexo, reconhecer seus direitos trabalhistas. Atualmente, elas não contam com dignidade, são exploradas por redes de tráfico humano, por cafetões e por proxenetas. Por que isso acontece? Porque a prostituição não é crime no Brasil, mas as casas de prostituição são. E são poucas as prostitutas que trabalham de maneira absolutamente autônoma, sem precisar de um entorno e de relações. Então, a maioria delas acaba caindo em casas que operam no vácuo da clandestinidade. O projeto quer acabar com isso. Garantir, portanto, direitos trabalhistas e uma prestação de serviço em um ambiente absolutamente seguro. Outro objetivo do projeto é o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Um erro muito cometido pela imprensa, um erro comum, é falar em prostituição infantil. Não existe prostituição infantil. A prostituição é uma atividade exercida por uma pessoa adulta e capaz. Se uma criança faz sexo em troca de dinheiro, em troca de objetos, seja lá o que for, esta criança está sendo abusada sexualmente, e exploração sexual é crime. Atualmente, muitas crianças são exploradas em casas de prostituição, justamente porque essas casas são ilegais, elas não têm fiscalização. Quando a polícia consegue investigar uma casa, o policial acaba recebendo propina. E as prostitutas adultas não podem sequer denunciar. Se denunciarem, o proxeneta mata. É uma situação que não pode continuar. O que pode resolver este estado de coisas é um projeto que regulamente a atividade das prostitutas e torne legais as casas de prostituição.


UOL - Então o projeto está focado na legalização das casas? Wyllys - Exatamente, porque a prostituição não é crime no Brasil. A prostituição é estigmatizada e marginalizada, mas não é crime o que a prostituta faz, ela não é uma criminosa. O que é crime, segundo o Código Penal, é a casa de prostituição. Só que, ao fazer da casa de prostituição um crime, a prostituta é taxada como criminosa, porque nenhuma prostituta é autônoma a ponto de trabalhar sozinha. E, embora a casa de prostituição seja crime, eu, você, toda a imprensa e a polícia sabe que há casas de prostituição funcionando. Se estão funcionando no vácuo da ilegalidade, alguém está permitindo que funcionem assim, alguém está recebendo propina para não denunciá-las. Temos aí o crime da corrupção policial como um crime decorrente da ilegalidade das casas. Então, é melhor para todo mundo que as casas operem na legalidade, que o Estado possa recolher impostos, fiscalizá-las, levar políticas públicas de saúde da mulher e, sobretudo, proteger as crianças e adolescentes.


UOL - O projeto de lei contempla apenas prostitutas mulheres acima dos 18 anos ou outras formas de prostituição, como a masculina e a de travestis? Wyllys - Todas as pessoas adultas e capazes, incluindo as mulheres transexuais, as travestis e os garotos de programa. Então, a ideia é para todos, é um projeto que vai se aperfeiçoar na medida em que ele for sendo relatado, porque a cada relatoria novas questões vão sendo incorporadas. Num primeiro momento, eu ouvi muito mais as mulheres, é verdade, porque esse movimento está organizado desde o final dos anos 70. Os garotos de programa não se mobilizaram em um movimento político, eles existem como um coletivo disperso.



UOL - Há um prazo para o projeto ir a plenário? Wyllys - Não, não há um prazo, porque tem a tramitação nas comissões. Eu vou colocar todas as minhas relações na Câmara para fazer o projeto tramitar, e é claro que eu vou contar com aliados, porque haverá uma bancada que provavelmente vai se opor ao projeto, e vai se opor por puro moralismo. A oposição que eu vou ter é esta, é uma oposição moral. Mas eu vou concentrar todos os meus esforços para fazer o projeto tramitar o mais rápido possível, antes da Copa do Mundo. Talvez converse com as lideranças da bancada do PT, que são prováveis aliados, com bancadas de esquerda e com a bancada feminina, que é uma bancada controversa, porque não há um consenso nesta bancada sobre a prostituição.


UOL - Quais as principais barreiras para a aprovação do projeto no Congresso? Wyllys - Essa bancada moralista, a bancada conservadora que reúne evangélicos fundamentalistas, católicos fundamentalistas e conservadores laicos, que não são católicos nem evangélicos, mas são conservadores, hipócritas, moralistas.



UOL - E as principais barreiras na sociedade na luta pelos direitos das profissionais do sexo? Wyllys - Eu não sei dizer, não vou falar em nome de toda a sociedade, detesto essa generalidade. A sociedade é muito diversa para eu falar em nome dela. O que posso dizer é que, desde que protocolei esse projeto, tenho recebido reações de apoio que me surpreendem, que vêm de pessoas que eu nem esperava que fossem apoiar. E, ao mesmo tempo, claro que apareceram vozes dizendo que o deputado Jean Wyllys quer incentivar a prostituição. É um discurso rasteiro. Eu não quero incentivar a prostituição, as prostitutas existem, elas estão aí prestando serviço, e, se há um serviço, há demanda. A sociedade que estigmatiza e marginaliza a prostituta é a mesma sociedade que recorre a ela. Eu não estou inventando este estado de coisas. Na narrativa mais antiga produzida pela humanidade, a prostituição já é citada. Não é à toa que dizem que é a profissão mais antiga do mundo. Eu quero dar dignidade a estas profissionais, sobretudo o proletariado. Pois aquela prostituta de classe média alta que divide um apartamento no Rio ou nos Jardins de São Paulo talvez seja menos vulnerável que o proletariado da prostituição, que depende das casas e de exploradores sexuais. Eu quero proteger os direitos delas, garantir a dignidade e combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Qualquer pessoa de bom senso entende isso e se coloca a favor do projeto. Quem tem se colocado contra é quem quer deturpar deliberadamente o projeto ou pessoas muito moralistas, que acham que a prostituição é um mal em si. E aí não adianta você argumentar que é uma questão de liberdade individual, que uma pessoa adulta pode escolher ser prostituta. Se as pessoas não compreendem isso, vão achar sempre que a prostituição é uma desgraça.



UOL - Que situação o senhor visualiza no Brasil durante a Copa e as Olimpíadas? Wyllys - Eu acho que vai haver um aumento da demanda por serviços sexuais, porque haverá muito mais turistas. As pessoas vão prestar esses serviços, então que elas prestem os serviços dentro de regras mínimas, que proteja tanto um quanto outro. Quantos turistas não são levados por redes de exploradores de prostitutas, em que elas servem de laranja para um crime? É para proteger ambos os lados, não só o lado de quem oferta o serviço, mas também de quem demanda.



UOL - O senhor conversa com prostitutas sobre as perspectivas para esses dois eventos esportivos? Wyllys - Sim, claro. Como eu disse, esse projeto foi construído com elas. Estive com prostitutas no Pará, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais. E por meio de redes sociais. É uma demanda das prostitutas, que encontraram no meu mandato o diálogo que elas tinham antes com o Gabeira. Eu sou o único deputado hoje que pode abrir o mandato para essa demanda. Os deputados têm medo dessa pauta, têm medo de serem estigmatizados por essa pauta, de serem difamados e de perder as eleições. Eu não tenho medo de perder as eleições, não nasci deputado, sou professor universitário e jornalista. Se eu não conseguir me reeleger na próxima eleição, tenho meu trabalho, minha profissão. Então, eu não vou temer defender uma minoria. As prostitutas têm uma perspectiva em relação à Copa do Mundo e às Olimpíadas de que a exploração vai aumentar, elas vão ser expostas a uma violência ainda maior, a integridade das crianças e adolescentes vai estar ainda mais ameaçada.



UOL - Como o senhor avalia o surgimento de movimentos neofeministas como o ucraniano Femen, que realiza protestos na Europa contra a prostituição? Wyllys - Existem feminismos no plural, e não feminismo. Eu não vou falar do Femen, porque não conheço essas meninas, para além de elas colocarem o peito na rua. Mas eu conheço o feminismo de longa data, eu me considero feminista e tenho muitas amigas feministas. Há um feminismo de viés esquerdista e socialista que é abolicionista, ou seja, quer abolir a prostituição, porque considera a prostituição um subproduto do regime capitalista. Esse discurso é equivocado, na medida em que antes do capitalismo já existia a prostituição. De mais a mais, todos somos mercadoria numa sociedade capitalista, todos nós vendemos a nossa força de trabalho, utilizamos o nosso corpo para empreender e executar esse trabalho. Não é por conta disso que a gente vai negar a uma categoria os direitos trabalhistas. O outro equívoco desse feminismo socialista é que ele advoga pela autonomia da mulher sobre o seu corpo, e aí quer tutelar o corpo da mulher dizendo que ela não tem o direito de prestar um serviço sexual com o seu corpo. Que história é essa? Então você faz um discurso de que quer libertar a mulher e de que a mulher é dona de seu corpo, que não se pode tutelar o corpo da mulher, para tutelar o corpo da mulher? Ora. Tanto é que na França há um embate entre a ministra dos Direitos das Mulheres [Najat Vallaud-Belkacem, que é feminista abolicionista] e o movimento das prostitutas, que dizem "nós escolhemos ser prostitutas, não somos vítimas. A gente só quer trabalhar com dignidade e garantir os nossos direitos". Ou seja, a mulher tem que ter autonomia sobre o seu corpo, inclusive para se prostituir, se ela quiser. E há ainda um terceiro ponto no discurso dessas feministas, que as coloca ao lado da Igreja. Se estas feministas lutam pelo direito ao aborto, como elas podem dar mão à igreja contra o direito à prostituição? Não lhe parece um paradoxo, que elas defendam o direito ao aborto e neguem à mulher o direito a se prostituir? Isso é moralismo e um policiamento da sexualidade feminina.



Por UOL

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Brasil quer novas eleições em caso da morte de Chávez



Chávez, na partida de Caracas em direção a Havana, na noite de 10 de dezembro de 2012 Foto: AFP
Chávez, na partida de Caracas em
direção a Havana, na noite de
10 de dezembro de 2012
Foto: AFP

O Brasil está trabalhando junto ao governo da Venezuela para garantir que novas eleições sejam convocadas no caso da morte do presidente Hugo Chávez, atualmente em Cuba para tratamento médico. Segundo afirmaram fontes à agência Reuters, Brasília expressou o entendimento diretamente a vice e presidente interino em Caracas, Nicolás Maduro.
Entenda o impasse na Venezuela
"Nós estamos dizendo de modo explícito que, se Chávez morrer, nós gostaríamos de ver eleições o mais rápido possível”, disse um representante brasileiro na condição de anonimato. "Entendemos que este é o melhor caminho para garantir uma transição democrática e pacífica, que é o principal desejo do Brasil", continuou.
Em termos teóricos, tal pedido de Brasília representa a simples preocupação com a observância da Constituição venezuelana. Nela, determina-se que, caso o presidente venha a falecer até o final do quarto ano de mandato, novas eleições devam ser convocadas em até 30 dias, período durante o qual o país seria interinamente presidido pelo líder da Assembleia Nacional.
A postura, entretanto, vai contra os temores de que Brasília estaria prestando apoio político o chavismo. O governo de Dilma Rousseff viu com bons olhos a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela de adiar a posse de Chávez, prevista pela Carta Magna para o dia 10 de janeiro, mas impossibilitada pela doença de Chávez. Setores da oposição venezuelana e críticos do chavismo desaprovaram a decisão brasileira de apoiar o que consideraram uma manobra que feriu a constituição.
Convocada por opositores a se pronunciar sobre o assunto, a Organização dos Estados Americanos (OEA) respeitou a decisão da Suprema Corte de Caracas. Dilma Rousseff e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, não compareceram ao evento convocado pelo governo de Chávez que substituiu a cerimônia de posse, acedida por líderes latinos, entre os quais o presidente do Uruguai, José Mujica.
Hugo Chávez foi reeleito para um inédito quarto mandato (2013-2019) no pleito de outubro de 2012. Em meados do ano passado, chegou a declarar-se curado do câncer contra o qual lutava havia mais de um ano, mas, em dezembro, surpreendeu a esfera pública venezuelana ao comunicar que embarcaria para Havana, onde se submeteu, no dia 11 desse mês, a uma quarta cirurgia. Desde então, Chávez está em Cuba, sem ter fotos ou pronunciamentos tornados públicos.
Por Terra

Ricardo anuncia reajuste salarial para servidores públicos da Paraíba


Aumento básico geral para as categoria foi de 3% e já vigora em janeiro.
Anúncio do aumento foi feito durante programa semanal do governador.


Ricardo Coutinho Gov. da Paraíba Imagem Retirada do Google Imagens

O governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) anunciou nesta segunda-feira (14) um reajuste básico de 3% para os servidores públicos do estado. O aumento é válido para ativos e inativos e entra em vigor já neste mês de janeiro. Ele também divulgou um reajuste diferenciado para algumas categorias. Os funcionários que recebem até um salário mínimo, por exemplo, vão receber um aumento de 9%.


O anúncio de Ricardo Coutinho foi feito dentro do seu programa semanal de rádio. Com o reajuste dos servidores, o governador cumpre a lei da data base, criada por ele em 2012, que estabelece 1º de janeiro como dia para revisão anual dos vencimentos.

O índice de aumento linear concedido nesta segunda-feira é igual ao aplicado em 2012, que foi de 3%. Segundo o governador, o reajuste vai apresentar um impacto de 6,4% na folha de pagamento do estado. "Nós entendemos a importância do serviço público, dos servidores, mas não se pode vicer de demagogia, de promessa que nunca poderia ser cumprida. Eu só posso trabalhar dentro dos limites do estado", disse Ricardo ao anunciar o aumento. "É um reajuste possível, mas positivo", completou.

Entre as categorias que terão reajuste diferenciado estão os professores do Magistério estadual com o aumento de 10%, em média para ativos e inativos. Os servidores da Saúde com nível superior terão aumento entre a 7% a 9% , já os do nível básico vão ter entre 12% a 16,5%.

(Correção: ao publicar esta matéria, o G1 informou que os servidores da saúde tinham reajuste de até 18%, de acordo com entrevista do governador Ricardo Coutinho em programa oficial, mas ele errou e, em seguida, a Secretaria de Comunicação enviou nota e confirmou que o valor máximo do reajuste é de 16,5%.)

Na Segurança Pública, a Polícia Militar e os Bombeiros vão receber entre 10% e 14 % de reajuste. A Polícia Civil terá entre 11% e 14% e os agentes penitenciários de 9,1% a 10,5%. Os funcionários do Fisco vão ter 5% de aumento.

No domingo (13), Ricardo se reuniu com categorias como Polícia Militar, delegados, agentes da Polícia Civil e profissionais de saúde para discutir os índices de reajuste. Em audiências, o governador explicou que a gestão agiu dentro das possibilidades, financeiras e legais.

Segundo Ricardo, o reajuste leva em consideração as condições reais de concessão frente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o equilíbrio fiscal, a recomposição salarial e de remuneração das categorias e a política de valorização.


Por G1 Paraíba

Governo publica lei que permite baratear conta de luz


Plano prevê que energia fique 20,2% mais barata a partir de fevereiro.
Lei renova concessões e elimina encargos da conta de luz.


Imagem Retirada do Google Imagens -
Logomarca da companhia Energética do estado da Paraíba

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12.783, que renova concessões do setor de energia e permite o barateamento da conta de luz dos brasileiros. A lei foi publicada na edição desta segunda-feira (14) do "Diário Oficial da União".


De acordo com cálculos do governo federal, as medidas previstas na lei vão levar a uma redução média de 20,2% na tarifa de energia a partir de fevereiro.

A lei permite ao governo prorrogar, por até 30 anos, concessões de geração (usinas hidrelétricas e térmicas), transmissão e distribuição de energia que vencem entre 2015 e 2017. Em troca, esses concessionários tiveram que aceitar receber, já a partir de 2013, uma remuneração até 70% inferior pelo serviço prestado.

Uma parte da redução na conta de luz vem através dessa medida. A outra vem da eliminação, da conta de luz, de dois dos encargos setoriais incidentes: a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será reduzida a 25% de seu valor atual, e assume o custeio de programas contidos nos outros dois.

A energia produzida pelas usinas cujas concessões estão sendo prorrogadas, mais barata por conta do corte na remuneração desses agentes, será transformada em cotas e repartida entre todas as distribuidoras do país. Dessa maneira, segundo o plano do governo, o barateamento na conta de luz vai poder chegar a todos os brasileiros.

Vetos
O texto publicado nesta segunda-feira apresenta seis vetos em relação ao aprovado pelo Congresso. Os vetos dizem respeitos a assuntos técnicos, que não alteram as regras para o barateamento de energia.

Dois deles são relacionados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O primeiro previa que a agência definisse padrões de saúde e segurança no trabalho e de respeito aos direitos e garantias dos consumidores a serem submetidos pelas operadoras. Outro previa que a Aneel definisse atividades acessórias que poderiam ser executadas com terceiros.

Segundo o governo, a razão do veto, nesses casos, ocorre porque os incisos pretendiam atribuir à Aneel "competência estranha à sua finalidade", além de os assuntos já serem tratados em outras legislações, como a trabalhista e a de defesa do consumidor.

Um terceiro veto é com relação à devolução, às operadoras, de montantes arrecadados com a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica que não forem utilizados. Na opinião do governo, a devolução da taxa aos empreendedores "desvirtua a vinculação do produto da arrecadação da atividade que deu causa à sua instituição", contrariando a Constituição.

Briga
O plano do governo foi aceito por todas as concessionárias atingidas pela medida, com exceção de usinas hidrelétricas administradas pela Cesp, Cemig e Copel, empresas controladas, respectivamente, pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

A recusa das três empresas levou o governo a anunciar, em dezembro, que a redução na conta de luz ficaria em 16,7%, menor que os 20,2% previstos anteriormente. E a acusações de que os governos desses estados, controlados PSDB, partido que faz oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), haviam recusado a proposta para prejudicar o plano.

Cesp, Cemig e Copel negam que a decisão seja política. As empresas alegam que se recusaram a participar do plano porque as remunerações e indenizações oferecidas pelo governo para suas usinas eram muito baixas.

Mais tarde, representantes do governo federal informaram que medidas adicionais seriam adotadas para permitir a redução de 20,2% anunciada pela presidente Dilma.

Revisão e novos leilões
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta segunda que a revisão extraordinária das distribuidoras de energia, para aplicar a redução de 20,2% nas tarifas cobradas dos consumidores, será votada até o final de janeiro. Segundo ele, está confirmado o início da cobrança mais barata a partir de 5 de fevereiro.

Junto com a revisão extraordinária, disse Hübner, também será definida a cota de energia para cada uma das distribuidoras. Segundo o diretor, antes disso, porém, o governo precisa definir o aporte a ser feito pelo Tesouro para que o barateamento da conta de luz passe de 16,7% para 20,2%.

De acordo com a lei, as concessões que não foram prorrogadas serão licitadas novamente, sob as mesmas regras de agora, ou seja, com remuneração mais baixa pela prestação do serviço.

As atuais concessionárias poderão continuar a frente dos empreendimentos após o vencimento, até que a outra empresa, vencedora do novo leilão, assuma. Se não aceitarem, o governo pode contratar agente para administrá-los durante a transição.


Por G1 em Brasília

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Seguro-desemprego tem reajuste de 6,2% em 2013, decide Codefat

Neste ano, reajuste do benefício será pelo INPC de 2012, que subiu 6,2%.
Em 2012, reajuste foi maior, de 14,1% - valor da correção do salário mínimo.

Em 2013, o seguro-desemprego para quem ganha mais de um salário mínimo terá um reajuste menor do que o do ano anterior. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) decidiu mudar o cálculo da correção do benefício. Neste ano, o reajuste dos valores das três faixas salariais usadas no cálculo do benefício será feita com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada em todo o ano de 2012. Nesta quinta-feira (10), o IBGE informou que o INPC fechou o ano em 6,2%.
Deste modo, o seguro-desemprego será mais baixo do que o pago em 2012, quando o cálculo do benefício considerou a correção do salário mínimo (que sobe de acordo com o PIB e com o INPC). No ano passado, as três faixas do seguro-desemprego subiram 14,1%.
Se a mesma fórmula fosse mantido em 2013, as faixas do seguro-desemprego teriam de subir 9% neste ano, e não os 6,20% anunciados pelo governo federal.
O valor máximo da parcela do benefício alcança R$ 1.235,91 neste ano, informou o Ministério do Trabalho. Esse valor foi corrigido em 6,2%. Em 2012, o valor máximo pago era de R$ 1.163,76. Caso o governo tivesse mantido a formato de correção que foi adotado em 2012, ou seja, o valor do salário mínimo, a parcela máxima paga seria de R$ 1.268,49 neste ano.
A resolução 707, que contém a decisão do Codefat, foi publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (11). Foi mantida a regra de que o valor do benefício não pode ser inferior ao do salário mínimo, que é de R$ 678 neste ano.
De acordo com o governo, o aumento do salário mínimo importará ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no que diz respeito ao pagamento do seguro-desemprego em 2013, um impacto financeiro de R$ 2,5 bilhões. O Ministério do Trabalho estimou que 8,6 milhões de trabalhadores tenham acesso ao benefício este ano, um dispêndio em torno de R$ 30,8 bilhões.
 
Cálculo do seguro-desemprego em 2013

 De acordo com a tabela divulgada pelo Ministério do Trabalho, o cálculo da parcela a ser paga a título de seguro-desemprego, neste ano, obedecerá o seguinte critério: para um salário médio de até R$ 1.090,43, o valor será multiplicado por 0,8 (ou seja, será de 80%).
Já no caso de um salário médio de R$ 1.090,44 até R$ 1.817,56, o valor será multiplicado por 0,5 (50%) somado a R$ 872,34. No caso de salários médios acima de R$ 1.187,56, o valor do seguro-desemprego será de, invariavelmente, R$ 1.235,91.
 
Valor do salário médio

 A apuração do valor do benefício tem como base o salário mensal do último vínculo empregatício, na seguinte ordem: tendo o trabalhador recebido três ou mais salários mensais a contar desse último vínculo empregatício, a apuração considerará a média dos salários dos últimos três meses.
Caso o trabalhador, em vez dos três últimos salários daquele vínculo empregatício, tenha recebido apenas dois salários mensais, a apuração considerará a média dos salários dos dois últimos meses; ou caso o trabalhador, em vez dos três ou dois últimos salários daquele mesmo vínculo empregatício, tenha recebido apenas o último salário mensal, este será considerado, para fins de apuração. Caso o trabalhador não tenha trabalhado integralmente em qualquer um dos últimos três meses, o salário será calculado com base no mês de trabalho completo.
 
 Por G1 Brasília